Tuesday 3 March 2009

Nada é nunca suficientemente mau para que não possa piorar!


Há uns tempos atrás, em plena Gran Via de Madrid, decidi ir almoçar a um sítio mítico e tipicamente Espanhol chamado "Pan's and Company" (pensarão vocês agora... que original estar em Madrid e ir comer a um "restaurante" que existe, pelo menos, em cada esquina de Lisboa). Era o que eu também pensaria numa altura normal...mas tinha fome e era o que estava mais perto e era mais acessível a uma estudante de Comunicação Social em Erasmus por Madrid.

A algumas dentadas da bela sanduíche deparo-me com uma parede decorada com frases dos mais diversos pensadores, entre elas uma que nunca esqueci "nada es suficientemente malo para que no pueda empeorar". Várias foram já as discussões, nomeadamente no seio das peritas, sobre o carácter positivo ou negativo desta frase. Sempre achei que não poderia ser uma frase que fomente mais o não dramatismo desta ou daquela situação, da visão de que poderia ser pior, e que há sempre uma forma de dar a volta por cima ao que quer que seja...

E se alguma vez pude pôr em causa essa opinião, hoje afirmei-a por tempo indeterminado. Chamem-lhe o mal de estar doente... acordei um caco e mal me conseguia levantar. Nada de faculdade, nada de vida social fora da cama. E como qualquer doente que se preze "comi televisão" durante todo o dia. Devo confessar que apesar do pouco tempo que tenho para ver televisão, por causa das aulas ou pela necessidade de pôr o sono em dia, faço questão de ver alguns programas (nem que seja para ter razão para dizer mal). O programa matinal de nome "Fátima" da SIC é um desses objectos de estudo.

Eu já achava que o programa, apesar de ser o "menos mau" dos programas matinais dos quatro canais, primava por algum mau conteúdo e má condução pelas caras conhecidas da SIC. Eis se não quando hoje, ao ligar a televisão para que esta me acompanhasse os espirros e a tosse, vejo o programa "Fátima" a ser apresentado por duas caras que há muito tempo não via... Merche Romero e Carlos Ribeiro. (Entenda-se que disse duas caras e não dois apresentadores). A apresentadora Fátima Lopes encontra-se neste momento em licença de parto e teve, por isso, que ser substituída. Não consigo imaginar o Sr. Carlos Ribeiro para além do anúncio de colchões ou Vaporettos Titanos, e a D. Merche Romero como acompanhante do melhor jogador do Mundo.
Podia tratar-se de um preconceito, mas... estranhamente ou não, no último minuto do programa dei-me conta que a minha opinião se mantinha. Até era um programa com algumas rubricas e histórias interessantes, mas, agora, deveras mal conduzidas. Não chegam os dedos das mãos para contar os erros crassos e as grandes mostras de fraco entendimento entre os "apresentadores".

Qual é o preço do sucesso? Não haveriam outras alternativas? Poderão estas escolhas pôr em causa o "lugar ao sol" que o programa a que Fátima Lopes deu o próprio nome?

Afinal... "há coisas que nunca são suficientemente más para que não possam piorar...".

Keep in mind
"Nem tudo o que vem à rede é peixe, tem que ser tubarão",

A perita L.

No comments:

Post a Comment